...Vivere...

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terça-feira, novembro 23, 2010

As questões que emanam o interior do meu ser, não passam de sugestões sobre contextos diversificados da racionalidade humana. Tudo não passa de momentos dispostos ao ser, cada qual em seu respectivo valor.
É, sim, que uma pessoa seja capaz de mudar um ponto de vista. Mas será que é possível mudar um princípio?
Valores, princípios. Acho mais fácil se refletirmos sobre gostos...
Cansa saber dos princípios diversificados do ser humano e saber seus valores em essência. O que é verdade e o que não é? A boca é sempre maior do que a barriga. Nos alimentamos de suposições, não de açoes.
Tem tempo? Muito tempo para pensar?

quarta-feira, novembro 17, 2010


Uma vela solitária
queima no candeladro
para fertilizar o amor lado a lado
do casal apaixonado.


Propõe a fé à sua amada.
Devoto ao ser em contas de cristal.
Mantem-se pura ao bem calado,
com rosário abençoado.


Com o mesmo som a ser chamado,
faz morrer pelo pecado.
Não desiste então do fardo,
que escolheu por seu descaso.


Sonho teve a bela moça,
que surgira sem importância.
Belo arranjo de pessoas,
que acaba em repugnância.


Donna


Sobre um tema de Van Eyck
Século XV

terça-feira, novembro 16, 2010


No início Deus criou o homem.
Fez da costela sua amada.
O demônio que o bem tentara,
fez cair em sua tara.

O agnadi que segurava
sua imagem, sua medalha,
belo e atento ao que passara,
tirou medida do homem que em tudo falha.

Criou Adão em seu final.
Suportou Eva o caos total.
Por erro dela, sem obedecer,
caiu por terra o amanhecer.

Como brotou por tão pequena,
tanto amor sem permanência.
O mal surtou na dependência,
que costurou sua presença.

Donna
Sobre um tema de Michelangelo

quarta-feira, novembro 10, 2010

Faz muito tempo...


Já faz tempo vi que minha vida era meu maior empreendimento.
Coloquei na balança a importância que eu teria nos árduos anos que seguiriam, de uma forma ou de outra.
Foi então, que resolvi rir da desgraça alheia.
Foi então, que resolvi dividir minhas angústias com alguém que tinha certeza, me entenderia.
Calei-me no abismo do amor.
Revivi, pois mais do que tarde, um glorioso momento de euforia.
Sim!
Foi então, que resolvi o que mais me pendia.
Foi aí, que falaste minha alma arredia.
Prostrei-me na alvorada, que na alma se guardava, e sorri com as gotículas que caía.
Recebi, mais que um belo semblante, um sorriso do que em mim um dia, com sua fonte de alegria, reinaste a infinita harmonia.
Foi então, que resolvi acabar.
Foi então, que resolvi me amar.
Faz muito tempo, me vi um reflexo molhado.
Condizente, parcialmente, um todo iluminado.


Donna