...Vivere...
terça-feira, dezembro 28, 2010
quarta-feira, dezembro 22, 2010
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Falsa Esperança

Penso, porque espero.
Espero, porque quero.Quero, porque vejo.
Vejo, mas não me mexo.
Espero, mas quero agora.
Vejo, mas não alcanço.
Quero, a qualquer hora.
Penso, e só me canso.
Quero, ver na hora.
Vejo, mas não o agora.
Penso, em passar a bola.
Espero, e ja virei senhora.
'Vejo, e a luz se vai.
Penso, e não luto mais.
Espero, mas nada me atrai.
Quero, mas o que quero, para longe vai.
Donna
28/08/2005
terça-feira, dezembro 07, 2010
Sua luz ofuscou-me os olhos,
deixei-me levar, não pelos amores,
mas sim, pelas dores.
Clara chuva de verão, e eu aqui.
Doce dose de dezembro.
Um amor veraneio, um chilique e um desdenho.
Disse um dos inumeros poetas:
"É sem querer que não era pra ser."
Doce dose de agonia,
Doce dose de agonia,
em lembrar o beijo que queria e jamais o teria.
Será que tu fingiria?
Por isso, hoje, não lutaria.
Como foi belo o primeiro visto, de aviso em brincadeiras.
E haja visto que, por mais quisto, de mim esconderia.
A razão me contorce os lábios.
A açao me contrai o âmago.
E a lição é a única recordação do platonismo invulnerável, na presente estação.
Donna

O Jardim das delícias terrenas
No centro do jardim,
fica a fonte da vida.
Homem e mulher que anda na estrada perdida,
com um e o outro,
e suas belezas desprovidas.
Colhem frutos divinas moças
Comem tão brutos como criaturas,
um anjo que ressoa seu pecado,
na danação de sua catança,
os homens, as moças.
Cavalgando ao lado da amada,
como Adão que Eva tentara,
com morangos de um Deus
que nunca os privara.
O luxo que sai,
vem do cheiro do amor
que nasce de um ribeiro,
a delícia que aflora o corpo
à margem do espírito morto.
Sobre um tema de Bosch
Donna